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Em uma declaração polêmica nesta quinta-feira, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou suas críticas diretamente ao Brasil, acusando o país de aplicar tarifas desleais contra produtos americanos e classificando-o como um dos piores parceiros comerciais do mundo.
Segundo Trump, o Brasil cobra taxas elevadas sobre importações, enquanto os Estados Unidos praticamente não impõem tarifas em retorno. Para reforçar seu discurso, ele anunciou a implementação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, medida que promete aumentar a tensão comercial e afetar diversos setores da economia.
Além das críticas econômicas, Trump comentou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando-o como uma “tentativa de execução política”. Para ele, Bolsonaro é um líder honesto que está sendo injustamente perseguido por autoridades brasileiras, o que representaria um ataque direto à democracia.
A ofensiva norte-americana não ficou restrita às tarifas. O governo de Trump também impôs sanções a membros do Judiciário brasileiro e a figuras associadas ao processo contra Bolsonaro, aumentando a tensão diplomática entre os dois países.
Diante da escalada, o governo brasileiro anunciou um pacote emergencial de R$ 30 bilhões para apoiar exportadores impactados, incluindo linhas de crédito, adiamento de tributos e incentivos fiscais para fortalecer o mercado interno.
No cenário internacional, o Brasil busca ampliar acordos comerciais com países do BRICS — como China, Rússia e Índia — e abrir novos mercados, numa tentativa de reduzir os impactos das sanções e manter sua posição no comércio global.
O clima é de incerteza. Enquanto empresários avaliam os prejuízos e buscam alternativas para manter negócios ativos com os Estados Unidos, analistas alertam para o risco de uma crise prolongada caso as tensões não sejam resolvidas por meio de negociações diplomáticas. O discurso de Trump reacende debates sobre protecionismo, soberania nacional e a complexa relação entre Brasil e EUA.
